sexta-feira, setembro 15

CULTURA

Irreverente como o sangue
Sangue pisado
Por palavras mal vestidas
Em seres vivamente encaminhados

Criamos a cria da sociedade
No ventre do engenho apalavrado
Por vozes tristeza do calar
Ser! Esse, do não se faz

Cala-te, canto de fina prefacia
Com este ritmo assiste
À revolução massiva
Simplesmente destrutiva

Cresce em ti agora
Esse tal acordar
Purificação das almas
Chorando a dor do próprio

...filosofar


Nuno Silva (Setembro2006)

sexta-feira, setembro 8

Escrevo, soletro
Caligrafo apenas
A memória do intelecto
Perversa, banal
Esta tua voz
Meramente monumental
Em flechas apuradas
Tocadas, apaziguadas
Pela nossa seda
Labial, Carnal
Jogo com o teu busto
Simples de brutalidade
Sensorial…
Escrevo, soletro
Caligrafo apenas
O leito bravio
Sentido, tremido
De suco letal

Nuno Silva(Setembro2006)