sexta-feira, fevereiro 23

Temerariamente



In nomine Domini Dei nostri Satanae Luciferi Excelsi

E se eu me desintegrasse agora...
Se fizesse arder com fogo de mil demónios
A crença moribunda contempladora
Do inferno que é a tua vida?

E se eu me fizesse contagiar…

domingo, janeiro 28

Filão

Creio em ti…

E por quanto tempo
Me levas a sonhar o impossível
O aparente passado impudico
Desprezível de hemofilia social

Gozo ao antever esse reflexo
Meu desmedido defeituoso
Defraudas o punhado fechado
Acarretando um pulso embaciado

Cogitavas-te como um demo
Ao controverteres a imaginação
Antecipando a mente sombria
Gosto de te aprisionar, plebeu

Quero em ti provocar
Uma isenção de bolçar
Planeando assim simplesmente
O meu empenho ao degolar

Para não discordar
Inovo assim a seiva
Que ruína o meu olhar



Nuno Filipe Silva(Janeiro2007)








quinta-feira, janeiro 25

Loucura

Escassa

Devasta
Repelente

De cheiro ausente



Apetece-me escrever-vos o fim do começo da vida
Ao querer na profunda e monótona alegria
Angustiar-vos de energia vocal
Mas não...

Escrevo o sangue das páginas sofridas
O derrame na aresta da lâmina
O aroma dos restos mortais
O abandono na crença sofrida
Mas...

Quero tocar-vos no plágio da vida
Na natura da sigla
Nas pétalas carentes
Na mais romântica fantasia
...não

Ab-rogo-me com exactidão
Oferta em minoria


Nuno Filipe Silva (Janeiro2007)

quinta-feira, janeiro 18

Tenho a representação

Da tua escuridão
Frequente na multidão mórbida
Angustiada no passeio do dia-a-dia
Cuspindo o pleno fogo das suas gargantas
Que de pouco ou nada dizem
Escrevem carnificina despachada em lojas locais


Adoro-te fantasia
Brinca com eles
Deixa-os sentir a perspicaz agonia
Eles, de que nada sabem, vão ficar
Mudos ao voltar do mero luar
Eis a escuridão que falo e escrevo
Que seguro no mais sorvido colo

Por agora sorrio… nesta parede
Rouca do meu sussurrar



Nuno Filipe Silva(Janeiro2006)

domingo, janeiro 7

MALDIÇÂO AO ENCANTO

A amargura do tempo
Revirada no teu ventre
Soa como folhas secas
Ramificadas em teus seios

Corro os lábios finos
De forma a projectar
Um desejo de me enforcar
E em ti suplicar
O canto do teu amar

Cheiro a voz do teu sangue
Ao ver-te desnuda
Voa-me a lente
Para de longe observar
O quão belo é…
Esse teu método de amar


Nuno Filipe Silva(Janeiro2007)